Polêmica: e se os jogadores e técnico da seleção brasileira não quiserem disputar a Copa América?

Sem entrar nas razões até porque, no presente momento, estarmos tratando apenas de uma hipótese, e se jogadores e técnico vierem a público dizer que não querem disputar a Copa América? O que acontece?

Antes vamos lembrar que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) é uma entidade de natureza privada e não tem relação com o governo brasileiro, nem representa algum órgão do Estado.

Existe uma especulação que trata de uma possível recusa e pedido de dispensa para disputar a Copa América por parte dos jogadores, cujo comunicado formal pode se dar depois do jogo da próxima terça-feira (8).

Lembrando que não existe atualmente uma seleção brasileira de futebol permanente, assim não se trata de pedir demissão de um emprego, já que o atleta é empregado do clube e não da seleção.

Como também não é se negar a servir a pátria, já que legalmente não existe a pátria de chuteira. O único que pede demissão é o técnico, que atualmente no Brasil é empregado da CBF.

Então para o atleta nada muda, já que mantém o seu emprego fora. E ele pode voltar a ser convocado no futuro, em razão do bom desempenho com a camisa do seu empregador, pela pressão popular, ou seja: se garante na bola.

O técnico é quem perde o emprego, por sua livre escolha,  ficando desempregado. E com pouca chance de voltar a seleção a curto e médio prazos.

É preciso lembrar que ser técnico de uma modalidade desportiva é cargo de confiança do presidente da instituição. E por isso a volta não depende apenas de resultados esportivos e pedidos populares.

Ou seja, Higor o que se passa se eles não quiserem jogar?

Como diriam meus amigos de língua espanhola “passa nada” é vida que segue, explico:

O técnico é substituído por outro que aceite disputar a Copa América e seguir o trabalho para a Copa do Mundo.

Os atletas saem de férias, se vierem de clubes europeus onde a temporada acabou, e ficam vendo os jogos pela TV.  Já que outros jogadores serão convocados para  este torneio e aceitarão, já que pode ser a chance destes despontarem para times do exterior garantindo a independência financeira e, por que não, ganhando um lugar na seleção.

A recusa dos atletas e do técnico atual em nada impede a realização do evento, já que podem ser substituídos como se substitui aquele que deixou de ter papel fundamental na seleção pela idade que avançou, pela perda de capacidade técnica ou por não mais ser considerado merecedor de ali estar.

É duro, mas é real: o que é permanente e quem disputa a competição é a entidade CBF e não as pessoas que passam por ela, que um dia a deixarão e que podem antecipar o término do seu ciclo na seleção pela recusa.

Mais uma vez para firmar, não há viés político neste análise. Até porque eu sempre advoguei que o atleta que se sente inseguro, em razão do risco pessoal de se contaminar pode se recusar a jogar. Há apenas uma análise administrativa e jurídica do que acontece no dia seguinte a uma possível recusa em disputar a competição.

No vídeo que segue, no canal da Invictus no Youtube, aprofundo mais sobre esse tema.

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