O mundo esportivo tem acompanhado a grande crise que se abate sobre a CBF em virtude do aceite do Brasil em sediar a Copa América, em plena pandemia, com posição contrária de jogadores e da maior parte da opinião pública. A situação se agravou com denúncias de assédio por uma funcionária da CBF, que levaram ao afastamento do presidente.
O que é uma crise? Todos os dias, os indivíduos, empresas, corporações enfrentam uma série de problemas de natureza operacional, pessoal, financeira, administrativa, com fornecedores e consumidores, etc. Mas isso faz parte do dia a dia da atividade. Mas com crise é diferente: tudo parece normal até que um dia surge um acontecimento forte com capacidade de atingir a reputação e até mesmo a continuidade de uma empresa ou organização. Então crise é uma ruptura com a normalidade, um fato negativo que pode gerar uma extensa cobertura da mídia, com engajamento das Mídias Sociais.
Um dos mais renomados especialistas no assunto, João Jose Forni, ensina que a falta de gestão de riscos é a antessala da crise. Ao contrário do senso comum são poucas as crises que decorrem de eventos surpreendentes ou inesperados, o chamado Efeito Surpresa, que é mais comum de acontecer em casos de fenômenos e desastres naturais.
A crise nasce, se desenvolve e termina. No nascimento a crise pode ser imprevista e controlável, já um desastre natural pode ser previsto, mas difícil de controlar. A segunda fase é o desenrolar da crise, que exige reação imediata, liderança, comando e proatividade. Essa é a fase em que a crise pode ter desdobramentos, se agravar ou arrefecer.
A última é o fim ou os pós crise: essa é a hora de refletir e registrar os aprendizados com a crise e que por vezes é demorada, mas muito importante. Avaliam-se responsabilidades, aplicam-se penalidades, se for o caso, traçam-se estratégias futuras e se conserta o que deu errado. Isso evita a repetição de novas crises.
Nesse vídeo em nosso canal do Youtube falamos mais sobre esse tema.